sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Podia ser assim....

Abri-te a porta. Entreabrindo um sorriso. Coras, com a vergonha. Entras, meio a medo, enquanto te agarro a mão. Está suada, apesar do frio lá de fora. Trago-te até ao sofá. Sento-me ao teu colo, enquanto no silêncio, te dispo a camisa. Sinto a tua respiração a acelerar, com o toque dos meus dedos. Gentilmente. Como se tivesse todo o tempo, para descobrir a perfeição do teu corpo. Beijando cada  pedaço de pele. Descobrindo cada desenho gravado. Agarro-te nos cabelos, enquanto procuras a minha boca. Beijas-me com o sôfrego dos anos passados. Continuamos no silêncio, dos corpos em ebulição. Não é preciso dizer nada. Tu sabes o que queres, eu sei o que quero. Acabo de te despir. És absolutamente perfeito. Fico a olhar-te. Gulosamente. Quero guardar-te na memória. Provavelmente não te verei outra vez. Não interessa. Só preciso de aproveitar o agora. Este Adónis, de cheiro meio a homem, meio a menino. Continuo na minha descoberta pelo teu corpo. Arrepias-te. Mas não me deixas parar. Deixas-me explorar-te. Cada recanto escondido. Cheiro-te e absorvo-te. És quente. Delicado. Deixas-te levar. Estás finalmente a envolveres-te. A desligar do mundo do certo ou errado. Queres-me. E, dizes-me. Sento-me, devagarinho em ti, enquanto te olho nos olhos, cor de azeitona. À medida, que me sentes, fechas os olhos, e sentes prazer. Procuras-me a boca... Encostas-me ao sofá. Mordes-me as orelhas. Tocas-me. Agarras-me. Envolta nos teus braços, voltas a sentir-me. Numa cadência nova, na descoberta, da magia de dois corpos.

Beijas-me e, sais atirando-me um sorriso.

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Bruxas??!

 Dia de todos os Santos e o meu gato desaparece misteriosamente??!! {Primeiro uma tartaruga, agora um gato??} Não há bruxas o car****