quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Atípico

Eu raramente almoço em casa da minha mãe. Aliás, cumpro o natal, páscoa e pouco mais. Devia ter uns 15/16 anos quando passei as ultimas férias com ela, sozinhas. Voltámos a passar 15 dias, no Algarve, já depois de ter sido mãe. Não correu muito bem

Depois disso tudo, comecei a viajar sozinha. E nunca viajei com ela.

Não sei onde estava com a cabeça** quando lhe ofereci a prenda de natal. E daqui a 7 dias lá vamos nós. Se tem sido difícil lidar com ela, só na organização do antes, não sei como será, na permanência de dias inteiros.

** Sei onde tinha a cabeça, foi para evitar que viesse comigo para a ilha.

Reciclar (again)




quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Funerais

Todos os anos vou, no mínimo, a cinco funerais. Esta altura do ano é fatídica. Ainda a semana passada perguntavam-me porque é que andava de preto, e eu gracejei que, nesta altura de funerais, mais valia estar sempre preparada.

Hoje fui a mais um. De alguém que vi a queda abrupta de um alzheimer, sem piedade. De quem cuidei e acompanhei. E disse-lhe adeus em vida, como tento fazer sempre. Para que as despedidas definitivas, sejam sempre livres de angústia. De culpa!

O tempo também me trouxe a capacidade imune de controlar o que sinto. Naqueles momentos de tragédia, a minha cabeça é uma festa. Como foi hoje, quando assisti, no final da missa, a uma sessão de carpir, de tradições incompreensíveis para a maioria. Para mim, foi apenas uma sessão de teatro. Os meus pensamentos batiam palmas às actrizes. Brilhante! Capaz de fazer chorar qualquer um.

Não segui para o cemitério, com alguma pena. Porque o acto final, o epílogo seria ali.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Falhas de protocolo

Não gosto de etiquetas e protocolos. Não gosto de me conter, numa senhora bem comportada. É uma luta que custa, entre o ser e o parecer. Entre a postura e a escolha de palavras. Comigo, provavelmente, o protocolo falharia sempre.

Hoje, quase que atropelei umas pessoas, que estavam onde não deviam! Quando olhei melhor, tinha o Sr. Presidente da República a mandar-me passar. Eu olho-o e digo-lhe " olá, como está?" Sigo caminho e apercebo-me, que já não é o professor, com quem um dia, jantei numa angariação de fundos. É, somente, o Presidente da República! "olá, como está?!!" - bolas!

domingo, 7 de fevereiro de 2016

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Reciclar II

Não é que eu seja de alguma forma jeitosa, mas vou-me esforçando. E experimentando e refazendo. Mas sobretudo ajuda-me a relaxar. 


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Morena

Há mais de 20 anos que não me via tão morena. Estava em Londres, alojada em casa de uma família, numa colónia de férias. Decidi pintar o cabelo de preto, mas com produtos naturais. Enfiei-me na banheira e sei que tive uma hora com uma pasta pestilenta na cabeça. Uma mistura de lama com ervas. A dona da casa já se passava com a minha demora no banho. Sei que quando me olhei ao espelho, tive um pequeno choque. Chamaram-me Maga Patagónica. Só para não dar parte de fraca ainda aguentei uns dois meses com o ar de morta viva. Aprendi verdadeiramente a lição quando chegou a hora de voltar ao meu tom. Tive de descolorar e a minha cabeça efervesceu. Quando levou nova tinta, criei crostas enormes na cabeça. De preto, nunca mais!

Até hoje que enfiei uma peruca na minha branca de neve. E muita gente não me reconheceu.



terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Reciclar e personalizar

Quem tem uma jarra personalizada, quem é?


Recordações

O meu facebook passa a vida a inundar-me com recordações passadas. Algumas acho piada pelo tempo que já passou ou pela situação. Mas raramente as "re-publico." Primeiro porque vivo o presente, a perspectivar ( pouco!) o futuro.  Porque não sou uma lamentadora do passado.
 E, porque especialmente vivo momentos, sentimentos e não datas. Que não fixo nem guardo. Com os anos e anestesias gerais, a minha memória tornou-se muito selectiva.

Mas parece que hoje faz 5 anos que fui a Madrid com uma amiga. Portanto faz 5 anos que comecei a tomar conta da minha vida. Que tomei decisões difíceis e já tardias. Que me apaixonei perdidamente. Um mês e meio mais tarde, separei-me e, no meio de tudo, fiz os Censos.

Fará também 5 anos da descoberta dos primeiros nódulos nas mamas. Com a angústia que acarreta todos os exames. E a espera.

Mas cinco anos trouxeram-me a asma, o enfisema, as alergias e as" ites" agravadas. Já depois dele ir e me partir o coração. Com o desgosto vieram as viagens e a absoluta necessidade de viajar sozinha.

Aceitar que a minha felicidade depende mais de liberdade, do que Amor.

E que sexo sem amor pode ser tão bom. Especialmente quando despido de expectativas e culpas.

Faz 5 anos que fui a Madrid. Já lá voltei várias vezes entretanto.
 E acrescentei novos destinos.

Apaixonei-me perdidamente mas por Ibiza. E a ela espero voltar sempre. Ou mudar-me de vez.
Não por o amor de alguém, mas pela liberdade daquele lugar.



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O meu gelado preferido

Adoro gelados. Os meus preferidos são os de cone das gelatarias tradicionais, sabor de limão e café.
Mas raramente são assim tão bons que ficam na memória. Talvez os gelados da Gorreana nos Açores ou de uma gelataria em Tenerife.

Mas este fofo tira-me do sério. Não lhe resisto, sempre que o encontro. Procuro-o é poucas vezes, devido ao seu preço absurdo. Mas que cada pedaço me leva ao paraíso, é garantido!




Bruxas??!

 Dia de todos os Santos e o meu gato desaparece misteriosamente??!! {Primeiro uma tartaruga, agora um gato??} Não há bruxas o car****