Recordo o dia em que, me desapertaste a camisa, pela
primeira vez. Creio que branca. Sinto até hoje o arrepio. Lembro que ardias
tanto como a lareira, que tardaste em conseguir acender. Era tarde, bebemos
chá, e sugámo-nos entre beijos. Senti a tua respiração ofegante no meu peito,
as partilhas de uma década de desencontros.
Já te conhecia, no entanto, o reencontro feito apenas em
palavras escritas, assustou-me quando te encontrei naquele parque de
estacionamento. Era tarde, estava uma noite fria de Fevereiro, e bebemos lambrusco na praia. Trocámos um beijo, demos a mão e partilhamos segredos...
Esse dia marcou uma cambalhota na minha vida ( ou como só o amor nos faz dar pontapés numa vida que não nos preenche) e, sabia que tudo seria diferente.
Não olho para trás e arrependo-me.... Talvez só do presente que teimas em fugir! Ou eu de me libertar!
.... A true love never end's...
Disseste-me, e eu senti!
E por mais que passem os dias, os meses, os silêncios, a mágoa, a distância... Resta a saudade da cor, que davas à minha vida!
Sem comentários:
Enviar um comentário