17 de julho, 15:00
Chego ao aeroporto de Lisboa. Despacho os 23 kg de bagagem e continuo com 8 às costas.
Estava com uma ansiedade brutal, fruto de semanas sem dormir, um curso para acabar, e 3 voos pela frente. Sentia apenas que a viagem ia ser complicada.
Foi.
Por volta das 16:00 sai a informação que o meu voo para Madrid, ia sofrer uma hora e meia de atraso. Para mim, era claro que já não apanhava a ligação, mas para a TAP, não era assim tão certo.
O meu voo previsto para as 19:00, saiu às 20:40, e cheguei a Madrid, a ver o avião onde deveria ir, descolar. Quando sai do avião, tinha uma hospedeira a dizer-me para ir buscar a mala, e ir procurar os escritórios da WFS, no terminal 1.
Assim fiz.
23kg + 8 kg para o terminal 1, onde apanho o escritório fechado. Vou às informações, e está um espanhol asiático, que me diz que agora está fechado e só amanhã. Começo a ter palpitações.
Procuro outra pessoa com farda da WFS, que não me sabe dizer nada, mas que me diz que os escritórios do terminal 2 estão abertos.
Nesta altura, perto da 00:00 volto a correr o aeroporto, até encontrar a porcaria dos escritórios.
À minha frente, portugueses, claro está. Também iam no outro voo para a Etiópia como eu.
Eles, em lua de mel.
Iam-me dar um quarto num hotel, mais um voucher e seguiria viagem, ao 12:00 para Istambul, e depois para Zanzibar.
Chego ao hotel por volta da 1 da manhã e recebo um saco plástico com o jantar. Foda-se, mas isto é que é o voucher do jantar?!?
Adormeci tardissímo! Nem a cama imaculadamente branca, me deu o descanso que precisava. Adormeci de manhã e já não fui ao pequeno almoço.
Volto a cruzar-me com o casal no check in.
Também gozaram com o jantar. Mas eles tomaram o pequeno almoço.
Mais 3 horas no aeroporto.
Outras 5:30 até Istambul.
Aeroporto gigante e dos mais giros onde tive. Mas o tempo da escala foi quase todo para chegar à porta de embarque.
Mais 7 horas de voo.
Chego a Zanzibar, às 3 da manhã, do dia 19. Sexta-feira.
Passo o visto, já sei o que vai acontecer. Vou direta comprar o cartão de internet, trocar dinheiro e buscar a mala. Passo a mala pelo raio x, e vou procurar o meu motorista.
Não está.
São 3:30.
Ligo, percebo que há-de chegar.
Espero. Eu, as malas e o cansaço.
Ele aparece.
Ainda tenho uma hora de carro até ao hotel.
No caminho atropelamos um lemúre, que se atravessou na estrada. Fiquei arrasada.
Mais à frente, cabras a dormir na estrada.
E uma mota com um gajo e duas fulanas. A detrás demasiado despida para uma mulçumana. Demasiado. E bêbados.
Uma total surpresa, para mim.
Para ele, nem tanto. Vieram de uma festa e ela antes de chegar a casa veste-se, e está tudo bem.
Chego por volta das 5.
Fico num quarto com vista de praia. Oiço as ondas. Sei por isso que está maré cheia e de manhã não vai haver mar.
Às 6, cai uma carga de água e oiço o chamamento para as mesquitas.
Durmo até às 8:30.
Vou ao pequeno almoço, fazer o check in e ver os amigos.
Não me consigo mexer. E passo o dia assim. Marquei uma massagem na praia. E conseguia ouvir os nós das costas.
Aproveitei o relaxamento e dormi 2 horas de sesta.
Jantei, dancei a coreografia da praxe. É 00:00. Estou na cama a escrever este post.
Viajar é ganhar histórias para contar, mas viajar com mercúrio retrógado, é do caraças!!
Hakuna Matata.
sexta-feira, 19 de julho de 2019
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