Perdoava-o sempre. Mesmo quando se quis divorciar da minha mãe, sempre culpei-a mais a ela, do que a ele.
Depois vieram asneiras sucessivas.
Todas perdoadas, apesar do sofrimento infligido por muitas delas. Não tantas dele, mas do suplício que podia ser, conviver com a mulher bipolar dele.
Aprendi com o tempo, que a admiração que tinha por ele, ia esmorecendo à medida que o distanciamento chegava. Compreendi a palavra saudade e comecei a resolvê-la desde muito cedo. A mágoa durou mais anos a passar.
Até ao dia, que outro homem que admiro, me dizer - " não adianta sofreres por aquilo que não depende de ti!" E, mais do que perdoar-lhe a ele, perdoei-me a mim. Foi uma escolha e uma opção dele.
Aprendi a respeitar, convicta que a vida tem heróis cheios de falhas. E, pessoas que tentam ser heróis todos os dias. Os que nem sequer se esforçam. Os que não merecem.
Depois, existem os anti-heróis. Os que têm tudo para ser, mas que não são!
Feliz dia do pai!
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