No metro começamos logo bem, quando a máquina nos come 3 euros e bilhetes nada. Eu ainda furiosa com os 20 euros perdidos em Barcelona, digo que desta vez não saio dali sem o dinheiro. Ainda estava a ligar para o numero da assistência quando aparece o fiscal, com o aviso de avaria para meter na máquina. Pelos vistos é comum os carteiristas retirarem os avisos e ficarem com as moedas. Mas desta vez lá conseguimos recuperar os bilhetes. A partir daí só usávamos as máquinas, depois de alguém conseguir tirar o bilhete.
Roma é aquilo que se espera. Uma cidade linda, com história em cada esquina. Muitos calhaus e ruínas que os italianos sabem aproveitar. Não fizemos a visita ao Coliseu, nem ao Fórum Paladino porque a quantidade de gente, mais o custo da entrada, não se justificava. Além disso, quem nunca viu o Gladiador?!!!
Andámos quilómetros. Visitámos não sei quantas Igrejas, todas lindas e sem aquela típica imagem de Cristo na cruz, como temos por cá. A Fonte Di Trevi é espectacular e claro que cumprimos a tradição de atirar uma moeda, para um dia voltarmos.
O panteão que é gratuito, também vale muito a visita. A abertura no tecto, os frescos é de uma beleza intemporal. Foi dos meus monumentos preferidos.
No sábado, tendo em conta, a previsão do mau tempo, foi dia de Vaticano. O Museu vale mesmo os 20,00€ de entrada. Estivemos cerca de 4 horas lá dentro, salas e salas que percorrem todos os tempos. Arte desde os tempos a.C. até à modernidade. Arte sacra, pouca! Os sarcófagos, as tapeçarias, as pinturas, os frescos nos tectos, tudo impressiona! Tudo, excepto, na minha opinião, o ex libris do Museu, a Capela Sistina. Foi uma desilusão! Muita gente, demasiada gente, guardas e guardas, que só gritam " no photo", a sala demasiado pequena e escura, e os frescos de Miguel Ângelo, naquele ambiente, não fascinam.
Pelo contrário, entrar na Praça de S. Pedro e sentir aquela imponência, deixa-nos completamente arrebatadas. É grandioso, de cortar a respiração, mesmo para uma agnóstica como eu. A Basílica supera qualquer expectativa. Apesar das contradições que senti. A Fé de outros, o ouvir uma missa ao fundo, em italiano, estar rodeada de beleza e ostentação, arrepia. Mas contrasta com uma Roma, demasiado pobre e carregada de sem-abrigos. Da pobreza que fere!
Comi pizzas até enjoar, comi uma carbonara que me arrependi amargamente. Tudo é caro. Especialmente a cerveja. Talvez explique que as madrugadas dos italianos, sejam menos alcoolizadas que as nossas. Contudo, não menos barulhentas. Na rua do nosso hotel havia uma pizzaria aberta enquanto houvesse clientes. Ou seja, duas, três da manhã ou mesmo 5 horas, na madrugada de domingo.
Roma, já vai longa. Passou directamente para o meu top 5, mesmo que a beleza dos romanos, já não seja, o que era.
Sem comentários:
Enviar um comentário