terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Dezembro maldito#1

Sou daquelas pessoas que odeio Dezembro e o Natal. Por mim hibernava o mês inteiro e acordava a 3 de Janeiro. Detesto o caos instalado em todo o lado, quando uma pessoa só quer comprar o essencial para viver. Quando na mesma tarde de domingo apanho filas em todo o lado, e nem o Mac me safo, porque me fartei de esperar. Não haver dinheiro nos multibancos. Não suporto começar a ouvir as "boas festas" desde o início do mês. E, considerando o número de festas e festinhas, almoços e afins, é de me fazer chegar ao dia , e só querer ficar quieta no meu canto.

Eu tento, mas também me incomoda o famoso espírito do Dezembro, com campanhas sucessivas de solidariedade, as feiras, os almoços aqui e ali, como se aquela realidade, a nossa realidade cada vez mais cruel, só tem resposta e visibilidade nesta altura.
Há fome, aqui ao lado, ao virar da esquina. As nossas crianças têm fome, os nossos velhos têm fome, a nossa saúde regrediu uns 20 anos, a nossa educação ou a falta dela, caminha para um precipício hipotecando o futuro. Um aumento violento de crimes, de furtos, os números da violência doméstica, Esta praga de merda que vocifera por aí. Só com tendência para aumentar. As pessoas estão desesperadas. Suicidam-se. As depressões, os aumentos das psicoses e perturbações mentais estão em todo o lado.

Só na semana passada soube de 3 suicídios, 1 dos quais duma jovem de 14 anos. Mandou-se do 4º andar. Mais um velho e uma mulher na linha do comboio.
 Estes são os números que nos deviam importar. Não o "44", ou o cozido que ele come. O que ele pode ou não ter conseguido, já o fez. Será, ou não, condenado na justiça.
 Agora o que me preocupa, é que para o ano temos mais umas taxas e taxinhas, a gasolina, a fiscalidade verde, isto e aquilo. E, isto, sim é um roubo à descarada. Ou como tentavam reverter as subvenções vitalícias, e os "papalvos", discutem as visitas a Elvas, ou quem avisou a comunicação social, ou "fait-divers" da merda.
 Enquanto isso, os nossos médicos abandonam o País, os que ficam trabalham em condições desumanas. Os enfermeiros, os licenciados, os cientistas, os sem formação.

Os que ficam, pagam com a dignidade!



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Bruxas??!

 Dia de todos os Santos e o meu gato desaparece misteriosamente??!! {Primeiro uma tartaruga, agora um gato??} Não há bruxas o car****