segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A lua e as hormonas tristes...

Já devia de estar a dormir, mas estou a chorar no sofá. Estou doente há mais de uma semana, e as minhas noites são um suplício. Estive na cama, tentei dormir, começou a tosse e a tristeza.
Foi ai que percebi que a lua estaria a ficar cheia e a descontrolar-me.
Os pensamentos que me assolam e, me deixam sem reacção, apenas numa catapulta de choro.
Ou tentativa dele.
É o pior!
Quando nos controlamos em determinadas situações, deixando cair só uma lágrima ou duas, tentando libertar-nos, mas sem dar nas vistas.

Detesto que me vejam chorar. Detesto que me vejam chorar hormonalmente.
Porque faço o esforço heróico de perceber que não tenho razão, e a culpa é do meu corpo.
E da lua cheia. E do inverno. E do Natal, que é no inverno.  

Estou triste e doente.

Dou por mim a pensar no tempo, em que era menina do papá. E, tal como, nas estórias de encantar tinha uma madrasta má. Não que me fizesse trabalhar de sol a sol, ou me envenenasse com maçãs. Maltratava-me. Agredia-me, e estoirava com a minha auto-estima. Comigo em geral. Mas muito particularmente.

Estou também eu a viver agora a experiência de ser madrasta. Ou boadrasta, como se usa hoje em dia. Tento manter-me com uma perna na minha infância, naquela madrasta que tive e que não quero ser. Apesar de ser difícil. Porque nunca o fui, muito menos três vezes. Como também nunca vivi uma situação de uma ex nestas circunstancias.

Porque engulo sapos. Porque por vezes engulo baleias inteiras, para não ser quem sou.

 E choro sozinha.  Assim que começa a lua a mexer comigo. E a tristeza acumula com palavras anteriores e acções passadas.

 Choro, mas pelo menos alivia a sinusite.


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Bruxas??!

 Dia de todos os Santos e o meu gato desaparece misteriosamente??!! {Primeiro uma tartaruga, agora um gato??} Não há bruxas o car****