Quando era pequena o meu avô paterno tinha um cavalo - o Paquito. Era branco, muito manso e enorme. Provavelmente tinha o tamanho de todos os cavalos e, eu é que era muito pequena. Depois não me lembro do que aconteceu. Foi vendido ou morreu mais tarde.
Uns anos depois quando o meu pai vivia na Tunísia, tinha um cavalo no apeadeiro e fiz alguns passeios pela praia. Lembro-me das dores no meu rabo, quando o cavalo se lembrou de começar a galope, em cima de calhaus num monte, por cima da praia.
Nunca mais tinha andado até ao fim de semana dos meus anos, em que vimos um anúncio de passeios a cavalo na praia. Ligámos e marcamos para domingo para final do dia, tendo em conta que o apeadeiro fecha às 19:00. Calhou-me o Tony, branco como o Paquito, mas cheio de personalidade. No caminho para a Praia do Norte, não respondia aos meus comandos, e parou simplesmente a comer umas canas. Nós ainda por cima de chinelos. Com carros a quererem passar, o que stressa sempre os bichos.
Mas assim que chegamos à praia é uma sensação única. Mesmo em pleno Agosto estava praticamente vazia. Era-mos nós os três e alguns nudistas espalhados pelas dunas. Com aquele cheiro a mar. O vento, e um silêncio profundo. Só nós e aquela sensação de liberdade.
E o Tony que, de vez em quando, tentava morder o rabo do cavalo da frente.
Na volta subimos as dunas da praia e passamos pelo pinhal, onde vimos veados.
É um passeio que dura uma hora e vale mesmo a pena. Para quem quiser o contacto, tem aqui.
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