quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Funerais

Todos os anos vou, no mínimo, a cinco funerais. Esta altura do ano é fatídica. Ainda a semana passada perguntavam-me porque é que andava de preto, e eu gracejei que, nesta altura de funerais, mais valia estar sempre preparada.

Hoje fui a mais um. De alguém que vi a queda abrupta de um alzheimer, sem piedade. De quem cuidei e acompanhei. E disse-lhe adeus em vida, como tento fazer sempre. Para que as despedidas definitivas, sejam sempre livres de angústia. De culpa!

O tempo também me trouxe a capacidade imune de controlar o que sinto. Naqueles momentos de tragédia, a minha cabeça é uma festa. Como foi hoje, quando assisti, no final da missa, a uma sessão de carpir, de tradições incompreensíveis para a maioria. Para mim, foi apenas uma sessão de teatro. Os meus pensamentos batiam palmas às actrizes. Brilhante! Capaz de fazer chorar qualquer um.

Não segui para o cemitério, com alguma pena. Porque o acto final, o epílogo seria ali.

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Bruxas??!

 Dia de todos os Santos e o meu gato desaparece misteriosamente??!! {Primeiro uma tartaruga, agora um gato??} Não há bruxas o car****